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INOVAÇÃO


Inovação no Brasil


O mundo se expande nos trazendo problemas cada vez mais complexos. Como uma das ferramentas para enfrentar os desafios, temos a INOVAÇÃO.
O crescimento econômico passa pelo aumento da produtividade, esta requer intensificação no processo produtivo de tecnologia (máquinas, equipamento e técnicas), como a utilização crescente de robôs.
O tema tem sido bastante discutido na Europa já há algumas décadas e, mais modernamente tem se falado na Indústria 4.0, como bem coloca Léo de Castro: "A incorporação de sistemas inteligentes, capazes de analisar dados em tempo real e auxiliar gestores na tomada de decisões, com simulação de cenários e identificação de desperdícios, caracteriza apenas uma das tecnologias da chamada Indústria 4.0. O termo, citado pela primeira vez na Alemanha em 2012, representa a última fronteira da inovação na indústria mundial, que envolve robótica, nanotecnologia, inteligência artificial, internet das coisas, computação em nuvem, entre tantas outras aplicações."
 A indústria tem dificuldade para implantar iniciativas inovadoras, daí porque precisa da articulação entre setor público (universidades, bancos de desenvolvimento e legisladores)  e setor privado para desenhar um modelo de desenvolvimento sustentável baseado nos processos inovativos. No Brasil, temos universidades e institutos tecnológicos (exemplo: CESAR, ITA, Embrapa e SENAI) que já muito contribuem para a criação de um ambiente inovativo no Brasil.
 Para Ivam Campos e Eduardo Valadares:" É fundamental estabelecer um território para diálogo construtivo entre os setores produtivo e acadêmico, de tal sorte que demanda e oferta de soluções se articulem de maneira harmônica, sustentando o progresso social. Esse é um papel próprio para o Governo."
 Contudo, a lógica de que as universidades no Brasil devem ser responsáveis pela INOVAÇÃO nas empresas é um tanto equivocada, pois o papel das universidades deveria ser formar cientistas e técnicos para atuarem no mercado.
Vejamos, no Brasil temos cerca de 23% dos cientistas e técnicos trabalhando no setor privado (empresas e laboratórios), enquanto nos EUA temos 80% de doutores e mestres em ciências trabalhando no setor privado, na Coréia do Sul esse percentual é de 59%. Traduzindo: nos países onde o modelo de INOVAÇÃO como ferramenta competitiva obteve êxito foi quando se intensificou investimentos nos laboratórios, nas indústrias e em pessoal no setor privado.
Segundo a literatura que trata do tema, a Universidade tem importante papel na formação desses profissionais com excelência e no apoio ao desenvolvimento dos processos inovativos, mas não pode se assentar nela a responsabilidade principal nesse processo.
Brito Cruz argumenta e corrobora com o parágrafo anterior, em artigo de Ivan Campos e Eduardo Valadares (Inovação Tecnológica e Desenvolvimento Econômico) ao colocar que "na indústria, prevalece a confidencialidade, enquanto que na academia, pela sua própria natureza, deve prevalecer o livre e  aberto debate de idéias. Além disso, a pesquisa na indústria é feita com atenção ao time to market, e usam-se todos os meios para produzir os resultados pretendidos no menor tempo possível. Na academia, em contraposição, o produto do doutorado é o doutor, e não o produto eventualmente focalizado em sua tese. Há um tempo inerente de maturação, necessário para a formação de um pesquisador (o doutorando) através da "inoculação direta", fruto de contato com seu orientador, que não pode nem deve executar a pesquisa no lugar de seu orientado para "acelerar o processo"."
Nesse entendimento, deve o governo protagonizar a INOVAÇÃO nas empresas ao desonerar e desburocratizar os processos e projetos inovativos para que os empresários tenham coragem e estímulo de montar laboratórios e contratar cientistas e tecnólogos.
Como observado em outros países, busca-se assim o desenvolvimento econômico, resultado de mais trabalho, maior produtividade, maior renda para população e bem-estar social.


Saiba mais :

 https://www.tribunaonline.com.br/tribuna-livre-inovacao-que-gera-desenvolvimento-2/
http://www.schwartzman.org.br/simon/blog/inovacaomg.pdf



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