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Economia e Conhecimento I

O Brasil é um país gigante pela própria natureza, disso ninguém tem dúvidas. No entanto, historicamente, tem dispensado o talento de seus cientistas, engenheiros e pesquisadores. Numa época em que conhecimento é um dos fatores mais importante para o desenvolvimento econômico.

O conhecimento sempre foi um dos principais insumos para a geração de riqueza e bem-estar social, passou a ser reconhecido como tal a partir da informação trazida pela internet.

Para David Landes, historiador do desenvolvimento econômico, destaca em seu livro A Riqueza e a Pobreza das Nações, que a sistematização do método científico e da atividade de pesquisa a partir do século XVIII, foi um dos grandes ingredientes econômicos necessários para a existência de uma revolução industrial na Europa e para o desenvolvimento que se seguiu.

A partir da década de 70 iniciou-se um processo de concentração do conhecimento e da capacidade inovadora nos países desenvolvidos e nas empresas transnacionais. A produção e a apropriação da riqueza social foram cada vez mais baseadas no conhecimento e na informação.

Estudos da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE (2000 a 2001) – por exemplo, destacam que, na década de 1990, o crescimento econômico nos países desenvolvidos está relacionado ao aumento da participação dos gastos em P&D no investimento total. O aumento do risco e do custo da P&D induziu à criação de redes de pesquisa entre empresas, à cooperação intra-empresarial; e à criação de novos elos entres empresas, instituições de pesquisa e universidades em todo o mundo, segundo Glauco Arbix, Presidente do IPEA e prof. da USP e Maurício Mendonça, prof. da Universidade Federal de São Carlos.

Investimento em conhecimento, percentual com relação ao PIB:

· EUA – 6,8%

· Suécia - 7,2%

· Finlândia – 6,2%

· Países da OCDE, em média – 4,8%

· México – 2,5%

· Brasil – 1,1%

Os países mais competitivos têm aproveitado a economia do conhecimento, explorando oportunidades e investindo “pesado” em P&D.

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