quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Economia Colaborativa


A  economia colaborativa vem pra estabelecer o jogo ganha-ganha no mercado.

As empresas ao ganharem produtividade no processo de produção e de prestação de serviços podem reduzir os seus custos fixos.

Para Camila Haddad, pesquisadora e fundadora do Cinese, "a economia colaborativa  é construída sobre redes de pessoas e comunidades, em oposição a instituições centralizadas".
  
Estabelecer parcerias e relacionamentos de longo prazo ajuda a manter o negócio sustentável, como o exemplo citado:

"Um exemplo é a Maschinenring, tipo de associação que atua nos setores agrícola e florestal da Alemanha com base no uso colaborativo de maquinário e na localização de capacidade excedente para fazendas e áreas de floresta."(EXPERIENCE)

Temos empresas que estão se consolidando na economia colaborativa, como a UBER, AIRBNB, ENJOEI e COMPREI E NÃO VOU ...são estruturas conectivas que utilizam os interesses das pessoas para facilitar e reduzir custos. O principal nessas estruturas é o CAPITAL SOCIAL (confiança, cooperação, reputação, ética) que move e sustenta a existência da economia colaborativa.

No âmbito dos consumidores, há ganhos na formação de organizações que facilitam a compra e a redução de preços fazendo com que todos ganhem mais.

"Como os consumidores consomem seus produtos e serviços favoritos?
A resposta a essa pergunta simples está mudando. Antes, as pessoas costumavam ver a propriedade como a forma mais desejada de usufruir um produto ou serviço. Agora, porém, um número cada vez maior de consumidores aceitam pagar para usar algo apenas temporariamente ou de forma compartilhada."(EXPERIENCE)

Como exemplo, foi criado uma fanpage para compra, venda e doação de livros técnicos, acadêmicos e do ensino fundamental e médio com o objetivo de fazer com que todos ganhem.....é o tipo de negócio que só se consolida se houver confiança, espírito colaborativo e ética nas informações e nas operações de compartilhamento.

Outro exemplo:

"(Para Gustavo)...Acostumado a receber na sua casa de Curitiba parentes, amigos e amigos de amigos, ele decidiu adotar o mesmo estilo de vida na casa que aluga em Florianópolis, onde estuda. A divisão do espaço traz benefícios para todo mundo: os hóspedes economizam com a estadia, a alimentação e tudo mais, e Gustavo recebe ajuda nas despesas. Ele também tem o hábito de trocar serviços fotográficos por bens ou serviços de que necessita." (SEBRAE)

No nível mais pessoal, há plataformas que auxiliam no financiamento de produtos e projetos (Crowdfunding) e outras que buscam simplesmente alcançar objetivos e metas de interesses coletivos ou de grupos (Crowdsourcing). Esta última modalidade de união de esforços, a pessoa contribui como pode para alcançar a meta do grupo.

A economia colaborativa nada mais é que a utilização de capital social em plataformas e organizações tecnológicas para solução de problemas e redução de custos sociais, que individualmente ou de forma desorganizada não se pode conceber.

Neste blog há textos que argumentam que o uso do capital social pode beneficiar a sociedade de vários modos para os mais diversos objetivos, como por exemplo: a redução da violência nas cidades.

O capital social tem como produto resultante a inteligência social, esta pode pode ser utilizada para contribuir na solução de problemas, viabilizar interesses comuns e apontar oportunidades.

Enfim, a economia colaborativa veio para ficar, pois os recursos são limitados e os desafios hodiernos demandam novas inteligências e conceitos.


Saiba mais:

1.https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/economia-colaborativa-a-tendencia-que-esta-mudando-o-mercado,49115f4cc443b510VgnVCM1000004c00210aRCRD

2.https://experience.hsm.com.br/posts/empresas-se-adaptam-a-economia-colaborativa

3.https://www.facebook.com/groups/240861969779009/

4.https://www.freetheessence.com.br/nova-economia/consumo-colaborativo/economia-colaborativa-o-que-e/

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

INOVAÇÃO


Inovação no Brasil


O mundo se expande nos trazendo problemas cada vez mais complexos. Como uma das ferramentas para enfrentar os desafios, temos a INOVAÇÃO.
O crescimento econômico passa pelo aumento da produtividade, esta requer intensificação no processo produtivo de tecnologia (máquinas, equipamento e técnicas), como a utilização crescente de robôs.
O tema tem sido bastante discutido na Europa já há algumas décadas e, mais modernamente tem se falado na Indústria 4.0, como bem coloca Léo de Castro: "A incorporação de sistemas inteligentes, capazes de analisar dados em tempo real e auxiliar gestores na tomada de decisões, com simulação de cenários e identificação de desperdícios, caracteriza apenas uma das tecnologias da chamada Indústria 4.0. O termo, citado pela primeira vez na Alemanha em 2012, representa a última fronteira da inovação na indústria mundial, que envolve robótica, nanotecnologia, inteligência artificial, internet das coisas, computação em nuvem, entre tantas outras aplicações."
 A indústria tem dificuldade para implantar iniciativas inovadoras, daí porque precisa da articulação entre setor público (universidades, bancos de desenvolvimento e legisladores)  e setor privado para desenhar um modelo de desenvolvimento sustentável baseado nos processos inovativos. No Brasil, temos universidades e institutos tecnológicos (exemplo: CESAR, ITA, Embrapa e SENAI) que já muito contribuem para a criação de um ambiente inovativo no Brasil.
 Para Ivam Campos e Eduardo Valadares:" É fundamental estabelecer um território para diálogo construtivo entre os setores produtivo e acadêmico, de tal sorte que demanda e oferta de soluções se articulem de maneira harmônica, sustentando o progresso social. Esse é um papel próprio para o Governo."
 Contudo, a lógica de que as universidades no Brasil devem ser responsáveis pela INOVAÇÃO nas empresas é um tanto equivocada, pois o papel das universidades deveria ser formar cientistas e técnicos para atuarem no mercado.
Vejamos, no Brasil temos cerca de 23% dos cientistas e técnicos trabalhando no setor privado (empresas e laboratórios), enquanto nos EUA temos 80% de doutores e mestres em ciências trabalhando no setor privado, na Coréia do Sul esse percentual é de 59%. Traduzindo: nos países onde o modelo de INOVAÇÃO como ferramenta competitiva obteve êxito foi quando se intensificou investimentos nos laboratórios, nas indústrias e em pessoal no setor privado.
Segundo a literatura que trata do tema, a Universidade tem importante papel na formação desses profissionais com excelência e no apoio ao desenvolvimento dos processos inovativos, mas não pode se assentar nela a responsabilidade principal nesse processo.
Brito Cruz argumenta e corrobora com o parágrafo anterior, em artigo de Ivan Campos e Eduardo Valadares (Inovação Tecnológica e Desenvolvimento Econômico) ao colocar que "na indústria, prevalece a confidencialidade, enquanto que na academia, pela sua própria natureza, deve prevalecer o livre e  aberto debate de idéias. Além disso, a pesquisa na indústria é feita com atenção ao time to market, e usam-se todos os meios para produzir os resultados pretendidos no menor tempo possível. Na academia, em contraposição, o produto do doutorado é o doutor, e não o produto eventualmente focalizado em sua tese. Há um tempo inerente de maturação, necessário para a formação de um pesquisador (o doutorando) através da "inoculação direta", fruto de contato com seu orientador, que não pode nem deve executar a pesquisa no lugar de seu orientado para "acelerar o processo"."
Nesse entendimento, deve o governo protagonizar a INOVAÇÃO nas empresas ao desonerar e desburocratizar os processos e projetos inovativos para que os empresários tenham coragem e estímulo de montar laboratórios e contratar cientistas e tecnólogos.
Como observado em outros países, busca-se assim o desenvolvimento econômico, resultado de mais trabalho, maior produtividade, maior renda para população e bem-estar social.


Saiba mais :

 https://www.tribunaonline.com.br/tribuna-livre-inovacao-que-gera-desenvolvimento-2/
http://www.schwartzman.org.br/simon/blog/inovacaomg.pdf



segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Investimento em Ciência e Desenvolvimento Econômico


O Brasil vem perdendo posições no ranking que indica inovação tecnológica desde 2010, estando atrás  de países como a China, Chile, Índia, México, Peru e Malásia, segundo o IMD Foundation Board. Esta perda e falta de incentivo à ciência brasileira se reflete  na pauta de produtos brasileiros exportados que são em sua maioria commodities.
O mercado  de commodities representa apenas 26% do comércio mundial. Traduzindo: o Brasil exporta produtos com valor agregado baixo (vulnerável e com preço fixado lá fora) e compra produtos com alto valor agregado, resultando e termos econômicos de troca desfavoráveis a balança comercial nacional, favorecendo o baixo crescimento e a perenização da pobreza.
Ao contrário do Brasil, a China vem de forma crescente elevando os seus investimentos em P&D, sendo o segundo maior investidor nessa área, vem sendo seguida por outros países como México, e Índia que procuram maneiras de aumentar a participação no comércio internacional com produtos de valor agregado em tecnologia.
Nesse cenário, os brasileiros são surpreendidos (de forma não positiva) com cortes no orçamento para a pesquisa e o desenvolvimento científico em 2017 e mais assustador ainda na contemplação orçamentária para 2018.
A pergunta que não quer calar:  Quem estar no comando dessas políticas desfavoráveis ao Brasil ? Por que interessa o enfraquecimento das forças brasileiras ? (educação, ciência e cultura)
Voltando a questão econômica. O déficit na balança comercial de produtos com valor agregado em tecnologia aumentou em 184% no período de 2017 a 2010,  principalmente em produtos na área da saúde (medicina e biomedicina) e eletrônicos.
"Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), mais de 60% das exportações brasileiras são constituídas de produtos não industriais ou de relativamente baixa intensidade tecnológica (commodities, produtos intensivos em mão de obra e recursos naturais) e menos de 30% são produtos de maior conteúdo em tecnologia. Há sete anos o país detinha a exportação de 3,77% de todas as commodities negociadas no mundo. Em 2009, a participação subiu para 4,66%, índice bastante superior à participação do Brasil no total do comércio internacional, estimado em cerca de 1,5%." (Senado Federal)
 Mais uma vez, países como Índia, Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura, Coréia do Sul e Taiwan têm aumentado suas participações no comércio mundial de produtos intensivos em tecnologia. (não vou desenhar, porque já tá demasiadamente claro a relação entre ciência e desenvolvimento econômico).
Nos últimos anos, vinha no Brasil se estruturando uma inteligência e capacidade interdisciplinar da ciência brasileira que provavelmente ameaçava o oligopólio mundial dos produtos intensivos em tecnologia.

Se os cientistas brasileiros mesmo sem condições econômicas em terreno desfavorável à ciência vinham se destacando mundialmente, imagine se o Brasil desse a devida atenção financeira para a educação e a ciência, pois todos sabem que a educação e a ciência promovem externalidades econômicas que consolidam a posição de um país frente ao cenário mundial.




Boa semana !!!


Veja mais em:

http://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao/inovacao/produtos-de-alta-tecnologia-na-exportacao-do-brasil.aspx 

 http://agenciabrasil.ebc.com.br/pesquisa-e-inovacao/noticia/2016-07/sbpc-brasil-precisa-aumentar-investimento-em-ciencia-defende

domingo, 22 de outubro de 2017

Economia e Sistema Tributário

O Brasil é conhecido nacionalmente e internacionalmente como um país de elevada carga tributária e desigualdade social. Os cidadãos e as empresas pagam elevados tributos com uma contrapartida não eficaz para os pagadores, além disso o sistema tributário complexo onera os procedimentos para que sejam realizados os pagamentos desses tributos. Muito bem.
Na última semana o governo de Donald Trump lançou um grande corte de impostos (Supply Side) a empresas e pessoas físicas. Segundo Steven Mnuchin, secretário do Tesouro, este é um momento histórico para a economia americana, pois considera ser esta a maior reforma tributária já realizada.
Preciso lembrar que o "pai" da Supply Side norte-americana foi Ronald Reagan que realizou, em 1981, a redução de 25% em todos os impostos. Era entendido que os impostos altos desestimulavam o emprego, os investimentos e o crescimento. Resultado: os cortes de impostos de Ronald aumentaram as receitas de impostos de 500 bilhões para 1 trilhão de dólares no final dos anos 80.
Será que Donald conseguirá a mesma façanha econômica ? O cenário favorece positivamente pra que sim. E se, SIM,.....então ele terá feito a diferença num cenário mundial no qual a economia precisa tanto de crescimento e estabilidade.
"Um sistema tributário justo não é aquele que tira dos ricos e dá para os pobres. É aquele que exige que todos joguem pelas mesmas regras"   Ronald Reagan
No Brasil......repare bem.....o entendimento é mais complexo....pois temos uma legislação tributária burocrática, complexa e que exige uma estrutura "cara" para que as empresas mantenham suas posições legais em dia e demanda dos cidadãos procedimentos igualmente dispendiosos. Agravante: as contrapartidas esperadas pelo pagamento dos elevados tributos não chegam com eficiência e eficácia nas contas dos cidadãos e empresas brasileiras elevando o chamado 'CUSTO BRASIL".
O Brasil demanda uma reforma tributária e administrativa URGENTE que tenha como objetivo simplificar o sistema e incentivar o desenvolvimento.

É isso....




Supply Side - é a teoria econômica que defende que a redução de impostos se converte em aumento de investimentos.