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Economia Criativa?
Economia Criativa é um termo recentemente utilizado na atribuição de valor monetário a produtos oriundos da intelectualidade, criatividade e imaginação do homem, surgiu na Austrália em 1994 e consolidou-se na Inglaterra em 1997. O que é produzido por essas “indústrias criativas” é dividido em três grandes grupos: Arte e Cultura (literatura, artes plásticas e visuais, patrimônio histórico, museus, artesanatos), Mídias recentes, Mídias eletrônicas, e Software (musica, radio e TV, filmes, publicidade e propaganda) e Design (moda e arquitetura). Esses produtos devem ser reconhecidos em forma de propriedade intelectual, que pode ser em modelo de Direitos Autorais, Patentes e Marcas comerciais. Segundo Stephen B. Shepard, a economia no século XXI é caracterizada pela comercialização de idéias.
A mídia, música, teatro, artesanato, design, entre outros, antes associados a valores culturais e educacionais, hoje tem sua significante participação na economia e geração de empregos em todo o mundo. Hoje essa “indústria criativa” representa cerca de 10% do PIB mundial. Com a crise de 2008 todos os setores da economia mundial decaíram 12%, em contra posição, a economia criativa cresceu 14% e é responsável hoje pela movimentação de US$ 3 trilhões e tem um crescimento de 6,3 % ao ano, mas com maior concentração na China, EUA e Alemanha.


Economia Criativa no Brasil
No Brasil a arquitetura, moda e design correspondem à maior parte da indústria criativa nacional e são responsáveis por quase todo o trabalho criativo no país. A economia criativa fatura no país 380 bilhões ao ano, o que corresponde a 16,4% do PIB e no estado do Rio de Janeiro em torno de 3 a 4% do PIB está concentrado nesse setor, sendo o estado que mais contribui para essa indústria. Podemos dizer que as atividades do Rio nesse setor foram iniciadas desde a chegada da Família Real no Brasil, com a abertura da Biblioteca real, Instituto de astronomia juntamente com o Banco do Brasil.
No final de 2010 foi criada no Brasil pelo ministério da Cultura a Secretaria da Economia Criativa, com o objetivo de “conduzir a formulação e o monitoramento de políticas publicas para o desenvolvimento local e regional”. Em 2010 essa indústria gerou 771 mil empregos formais no país, sendo o estado de São Paulo o maior empregador, seguido pelo estado do Rio. A remuneração dos profissionais da indústria da criatividade é bem maior que os demais, tendo em vista uma maior valorização dos produtos e o nível de instrução dos profissionais. Com a remuneração a cima da media, o aumento na empregabilidade e o rápido crescimento no mercado, a Indústria Criativa passou a tomar um grande espaço na economia nacional.
Bruna Pereira de Lima
Autora

Fontes:
Marchiori, Gisele. Teorias e políticas da cultura: visões multidisciplinares. Nussbaumer. Salvador, Edufba, 2007. Pág. 95.
FIRJAN. Indústria Criativa: Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil. Acesso em 04 de maio de 2013. <http://www.firjan.org.br/economiacriativa/pages/default.aspx>

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