Pular para o conteúdo principal

O Capital Social como recurso para o desenvolvimento de políticas de segurança e redução de crimes

As cidades estão cada vez mais violentas e o número de crimes se multiplicam. As autoridades públicas procuram reduzir os índices de crimes de todas as formas, seja aumentando o número de efetivo de policiais na rua, compra de novos equipamentos de monitoramento e vigilância através de câmeras, mas isso não tem alcançado a eficácia esperada.

Por quê ?

Suponho que o motivo seja óbvio: a ausência da participação da comunidade nesses projetos de segurança pública, ou melhor, a ausência de capital social nos bairros, nas comunidades das grandes, médias e pequenas cidades.

Para não correr o risco de ficar só na teoria e desenvolvimento de hipóteses, cito abaixo alguns exemplos que podem corroborá com a aceitação de minha hipótese.

1) O índice de violência no bairro Canaã, em Uberlândia, teve redução de 80% a partir de ações de integração e educação preventiva quanto a organização da comunidade integrada com a polícia militar.

Fonte: http://uipi.com.br/destaques/destaque-1/2013/05/17/indice-de-violencia-no-bairro-canaa-teve-reducao-de-80/

2) Redução da criminalidade no bairro Pedregal devido a integração e a colaboração da comunidade com a polícia militar, com ações de educação preventiva e organização da comunidade.

Fonte: http://www.al.mt.gov.br/TNX/imprime.php?cid=37173&sid=257

3) A integração e colaboração de diversas áreas do setor público no desenvolvimento de políticas de segurança reduziram os índices de criminalidade em vários bairros em Salvador.

Fonte: http://www.ibahia.com/detalhe/noticia/salvador-registra-reducao-de-30-no-indice-de-violencia-em-abril/?cHash=278bf6ed275141bd261816338901c84f

4) A redução da criminalidade em um dos bairros mais violentos de Diadema, em São Paulo, deu-se com a articulação, colaboração, cooperação, troca de informações e soma de forças da secretária de segurança pública, associações comunitárias, utilização de mediadores locais de conflitos, empresas e universidade.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/diadema-exporta-modelo-para-reducao-de-violencia,5ffa68f40d94b310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html


Ver-se que a redução da criminalidade é um problema de todos, e, a participação de todos é que pode amenizar suas causas e efeitos. Isso é construção de capital social.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Economia Colaborativa

A  economia colaborativa vem pra estabelecer o jogo ganha-ganha no mercado. As empresas ao ganharem produtividade no processo de produção e de prestação de serviços podem reduzir os seus custos fixos. Para Camila Haddad, pesquisadora e fundadora do Cinese, "a economia colaborativa  é construída sobre redes de pessoas e comunidades, em oposição a instituições centralizadas".    Estabelecer parcerias e relacionamentos de longo prazo ajuda a manter o negócio sustentável, como o exemplo citado: "Um exemplo é a Maschinenring, tipo de associação que atua nos setores agrícola e florestal da Alemanha com base no uso colaborativo de maquinário e na localização de capacidade excedente para fazendas e áreas de floresta."(EXPERIENCE) Temos empresas que estão se consolidando na economia colaborativa, como a UBER, AIRBNB, ENJOEI e COMPREI E NÃO VOU ...são estruturas conectivas que utilizam os interesses das pessoas para facilitar e reduzir custos. O principal ness...

Investimento em Educação.

Os investimentos em Educação são amplamente reconhecidos como um fator-chave para o desenvolvimento socioeconômico de um país. Nos Estados Unidos, os gastos públicos e privados com Educação têm sido objeto de intensos debates e análises, dado seu papel crucial na promoção do progresso social.                                         Fonte:  ONU - 17 Obejtivos do Desenvolvimento Sustentável. Diversos autores têm se debruçado sobre a conexão entre Educação e desenvolvimento social. Uma das teorias fundamentais é a do Capital Humano, desenvolvida por economistas como Theodore Schultz e Gary Becker. Eles argumentam que os investimentos em Educação aumentam a produtividade e as habilidades dos indivíduos, gerando retornos socioeconômicos significativos em termos de renda, empregabilidade e bem-estar geral. Outro aporte teórico relevante é a Teoria do Crescimento Endógeno, proposta por Paul...

Revolução Tecnológica Social

A Revolução Industrial decorreu de várias inovações tecnológicas introduzidas na produção industrial. Inicialmente na Inglaterra, expandido-se para os Estados Unidos, Alemanha, França, Japão e outros. Tal como a Revolução Industrial, a Revolução Tecnológica Social atual também resulta de inovações introduzidas nos mais diversos campos das atividades humanas (gerenciamento de informações, biotecnologia, energia renováveis, espacial, agropecuária, medicina etc.), isso significa aumento da produtividade e dos salários de uma pequena parcela de profissionais qualificados. Do outro lado, há uma parcela de trabalhadores que se encontram em condições de remuneração precária ou estão sem trabalho. Do lado da OFERTA, na Revolução Industrial, houve expansão na oferta de bens que foi assimilado pelos novos trabalhadores e pelo consumo nos centros urbanos que se multiplicavam na Europa, nos Estados Unidos e na Ásia. Hoje, o círculo dinâmico do desenvolvimento está assentado na Revolução Tec...